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History| Pre-Angkor period [ EDITING]
A presença javanesa manteve-se no local brevemente, usando como argumento de legitimidade um mito de origem que ligava a família real aos antigos reis de Funan. Este período marcaria o fim do reino de Zhenla, sendo que, por volta de 802 d.c, um pequeno reino Khmer situado no que agora indicamos como o sul do Camboja, tornou-se poderoso o suficiente para expulsar a presença javanesa e unir todo o antigo território Zhenla sobre o reinado do rei Jayavarman II (1125-1218). 13
Religião pré-angkor
Estudos relativamente à religião do Camboja falam-nos num “hinduísmo Khmer” desconstruído em duas fontes primárias, de um lado as extensas inscrições tanto em verso sânscrito como em prosa Khmer, e de outro, a cultura material impressionante principalmente sobre a forma de complexos de templos com as provas artísticas espantosas que lhes são adjacentes. Ambas as fontes sugerem-nos uma forte influência índica, tendo levado os primeiros estudiosos a ponderarem sobre noções indianas de religião e civilização como meio de as descodificarem.14
O estabelecimento de complexos de templos Hinduístas foi de grande afluência neste período histórico, sendo um dos locais mais importantes de referência Prasat Andet15. No século VII e VIII, um culto referente à veneração de Viṣṇu (Hari) e Shiva (Hara) era popular na área do delta do Mekong. Destes destacava-se as imagens de Shiva e a sua representação não antropomórfica como linga.16
Os lingas atestavam a popularidade do deus Hindu Shiva17, um linga servia como a imagem religiosa principal da montanha-templo Angkor. Esta montanha-templo era o centro da cidade, e o linga no santuário principal era o seu foco. Anteriormente foi referenciado que os reis do período pré-angkor afirmavam ser incarnações de Shiva ou Viṣṇu, isto era demonstrado através da figura dos lingas, sendo que, a figura central possuía o nome do rei em posse combinado com o sufixo –esvara18, que designava Shiva.19
Com a construção de Angkor Wat20 pelo rei Suryavarman II (Século XI d.c. – 1145/1150) com o objetivo de o tornar o seu museu pessoal no inicio do seculo XII, a imagem religiosa principal do templo foi alterada para a de Viṣṇu, tal o comprova uma inscrição que identifica Suryavarman II como “Paramavishnuloka” ou “Ele que entra no mundo celestial de Viṣṇu”, contudo não existem indicações de que a sociedade Khmer tenha sido influenciada grandemente pela conversão de Suryavarman II a Viṣṇu.21
Séculos mais tarde, já posterior ao período pré-angkor, durante o reinado do rei Jayavarman VII, a sociedade Khmer viria a ser abalada por uma onda de adoção de costumes comuns ao budismo Mahayana22 por parte do rei em posse, tendo este chegado mesmo a construir um templo budista e representando-se como o Bodhisattva Avalokiteshvara23.24
fundamentalmente o significado de “cidade templo”. Fonte: HEADLY, Robert K.; CHHOR, Kylin; LIM, Lam Kheng; KHEANG, Lim Hak; CHUN, Chen.” Cambodian-English Dictionary”. Bureau of Special Research in Modern Languages. The Catholic University of America Press. Washington, D.C. (1977)
20 STERN, Philippe, "Le temple-montagne khmèr, le culte du linga et le Devaraja", Bulletin de l'École française d’Extrême-Orient34, pp. 612, (1934).
21 HIGHAM, Charles “The Civilization of Angkor”, Berkeley: University of California Press, pp 118, (2001).
22 Também intitulado de “Grande veiculo”, uma das duas escolas principais de budismo (sendo o outro o budismo Theravada) e um termo classificatório das filosofias e praticas budistas. Fonte: DEHEJIA, Vidya. “Buddhism and Buddhist Art.” In Heilbrunn Timeline of Art History. New York: The Metropolitan Museum of Art, 2000–. Disponível em: </http://www.metmuseum.org/toah/hd/budd/hd_budd.htm/> acedido a: 15 Dezembro 2019.
23 Em sânscrito अवलो&कत*े वर, bodhisattva da compaixão infinita e da piedade, possivelmente a mais popular das
figuras de todas as inerentes à representação budista. Fonte: DEHEJIA, Vidya. “Buddhism and Buddhist Art.” In Heilbrunn Timeline of Art History. New York: The Metropolitan Museum of Art, 2000–. Disponível em: </http://www.metmuseum.org/toah/hd/budd/hd_budd.htm/> acedido a: 15 Dezembro 2019.
24 HIGHAM, Charles “The Civilization of Angkor”, Berkeley: University of California Press, pp 121, (2001).
19 STERN, Philippe, "Le temple-montagne khmèr, le culte du linga et le Devaraja", Bulletin de l'École française d’Extrême-Orient34, pp. 612, (1934).
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